sábado, 22 de janeiro de 2011

STJ suspende todas as liminares contra o Sisu

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a suspensão de todas as liminares em vigor contra o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) - que seleciona vagas em universidades federais por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - e impediu a apresentação de recursos contra decisões judiciais, além de suspender as decisões que prorrogavam as inscrições no sistema.

A medida foi tomada na noite desta sexta-feira (21) pelo vice-presidente do STJ, ministro Felix Fischer, a pedido do Ministério da Educação. A decisão também revoga a liminar concedida pela Justiça Federal do Rio de Janeiro que permitiu a uma aluna do Estado ver a sua redação, que havia sido anulada.
"A Advocacia-Geral da União agiu diante de um cenário em que juízes de primeira instância estavam tomando decisões incoerentes entre si e tornando qualquer decisão executiva inviável", afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad. "Com isso, as inscrições estão mesmo encerradas e podemos dar sequência às matrículas."

Haddad convocou a imprensa para falar sobre os problemas que atrapalharam o Sisu, mas terminou por adiar sua fala por quase duas horas, à espera da decisão do STJ.

Ao ser perguntado se não haveria possibilidade de recurso ou de os estudantes terem acesso às provas, dada a quantidade de reclamações sobre falta de notas ou testes anulados, o ministro disse que pode ser analisada, mas precisa haver cautela. "A regra que vale para o Enem precisa valer para todos os processos seletivos. Uma regra usada há 13 anos não pode ser alterada no último dia de inscrição. Se for uma exigência daqui para frente temos de nos preparar para isso adequadamente. Mas não acho justo valer para o Enem e não para outros processos seletivos. O concurso do Ministério Público Federal não prevê recurso no seu edital. Como ele pode exigir isso de outro órgão?", afirmou. Haddad disse, ainda, que a insegurança que advém das decisões jurídicas contraditórias atrapalha o trabalho dos servidores responsáveis pelo exame. "Isso sobrecarrega nossos servidores e traz tal grau de tensão que eles acabam não dando a resposta exigida."



FONTE:Lisandra Paraguassu/Agência Estado

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